uma instalação com um pequeno cubo formado pela acumulação e sedimentação de poeira recolhida em minha casa. o cubo é colocado diretamente sobre o chão do espaço expositivo. e gradativamente se desfaz.
o trabalho se faz a partir do desejo de uma forma, o cubo (forma estável, coesa, geométrico etc.), e a poeira (matéria informe, instável, feita de uma multiplicidade de coisas, que não se controla). é o projeto de uma forma que, ao esbarrar com a contingência da matéria, fracassa. mas o trabalho não se “surpreende ingenuamente com o fracasso. o trabalho assimila a possibilidade de fracasso na construção e manutenção dessa forma-cubo desde o início, quando se propõe a criar um cubo de poeira. as dificuldades de fazer um cubo de poeira, o fracasso de fazer um cubo de poeira durar. e antes dele, o fracasso inerente às atividades mais ordinárias e vitais de limpar, ali-nhar, guardar, fazer durar.